Wednesday, January 28, 2009

Na verdade eu queria a estrada, a hora vazia cheia de você, as horas cheias vazias sem te ver. Mas não deu, e não foi assim. Talvez por mim, que julguei errado os meus aranha céus, aqueles que me prendiam tanto ao chão. E agora, jogada na sala, escuto sem repetição o barulho da vala que diz: a corda só é bamba para quem olha pra baixo. Mas viver dias na mais alta certeza e noites nas mais fundas agonias, não é e nem nunca foi, a minha sina. Você sempre soube que por mim eu só sorria, mas que o mundo era tudo o que eu temia, e sem essas palavras jogadas, sem essa carta, não há nada. Pra quem sempre admirou as horas passadas e vividas, e sempre temeu o tempo, comprova agora que com o tempo nada se cria, e o que se cria, se destrói ainda há pouco. No princípio, onde eu achava que não duraria, fui tomada pelos fios da alegria, e o fim, que pra mim, nunca aconteceria, veio como tudo o que vem sem perceber, acabou com a coroa, acabou como garoa escorridas nessas linhas.

1 comment:

Lubi said...

calmamente, aprendo a não evitar desmoronamentos.
porque, muitas vezes, é tudo o que restou.
depois, reconstruir. com a força que poupei ao não ir contra.

um beijo.
obrigada, sempre, pelas palavras. por elas troquei o amadores por ama-dores. ;-)