Wednesday, January 28, 2009

Na verdade eu queria a estrada, a hora vazia cheia de você, as horas cheias vazias sem te ver. Mas não deu, e não foi assim. Talvez por mim, que julguei errado os meus aranha céus, aqueles que me prendiam tanto ao chão. E agora, jogada na sala, escuto sem repetição o barulho da vala que diz: a corda só é bamba para quem olha pra baixo. Mas viver dias na mais alta certeza e noites nas mais fundas agonias, não é e nem nunca foi, a minha sina. Você sempre soube que por mim eu só sorria, mas que o mundo era tudo o que eu temia, e sem essas palavras jogadas, sem essa carta, não há nada. Pra quem sempre admirou as horas passadas e vividas, e sempre temeu o tempo, comprova agora que com o tempo nada se cria, e o que se cria, se destrói ainda há pouco. No princípio, onde eu achava que não duraria, fui tomada pelos fios da alegria, e o fim, que pra mim, nunca aconteceria, veio como tudo o que vem sem perceber, acabou com a coroa, acabou como garoa escorridas nessas linhas.

Sunday, January 25, 2009

em tempos que o tempo estraga tudo o que toca,
você sabe que minha cólera é ver o que me unia a você - a cola,
sendo agora a prova para me enterrar na cova.


me tragam a borracha! eu não quero apagar nada, mas me dói esse abismo entre o parágrafo e a entrelinha.

Tuesday, January 20, 2009

eu não quero a fresta,
eu não quero a festa,
eu não quero a fossa

eu não quero a roupa
que eu vestia e que você gosta

eu não quero dar
tudo que eu te dei
e ficar sem resposta

eu não quero assim,
o fim para mim
e você dando as costas.

Wednesday, January 14, 2009

"Uma coisa ela aprendera: como todo mundo pode estar à beira da catástrofe, por mais seguro que se sinta."

"Menina a felicidade é cheia de praça, é cheia de traça."

Saturday, January 10, 2009

Eu te tive e tive o mundo
e depois de você, tive cama
tive sorriso, tive que ter.

Até a hora que tive medo,
perdi tudo o que tive,
tive grastrite, tive sem te ver.

E agora o que eu mais quero,
e menos posso, é te ter.