Thursday, October 18, 2007

Então é isso, então é ele.

Se eu encontrei, e me encontrei, e te encontrei, não foi assim por nada. E não é assim por nada que o meu caminho nessas ruas que eu nunca quis passar, porque só passam nelas pessoas desinteressantes, que fazem tudo igual, e tudo diferente do que eu gostaria de fazer, precisa do seu. Eu fiquei muito tempo sem escrever por estar com um sorriso no coração, e agora volto ao meu estado inicial: o medo de tudo o tempo inteiro. E o que ninguém me disse antes de começar é que eu bordaria linhas de felicidade - por mais que eu nunca tenha aprendido a bordar, e nem a ter felicidade - por todos os cantos da minha vida em que já estive com você. Não me interessa o mundo, a hora, os dias que passam sem eu te ver, me interessa a sua grandeza junto com a minha pequenisse, a sua vida vivida, junto com a minha tão áspera. Me interessa o que ainda há de ser, há de vir, há de ver. Os momentos em que senti o seu rosto e me convenci de que se eu estivesse cega, conseguiria desenhar os seus traços. Não há nada tão belo quanto os meus braços te segurando, e eu preciso te explicar isso (embora saiba que isso não se explica). Eu ganhei uma estranha admiração pela noite, porque gasto minhas horas nela com você, e dos dos finais de semana, porque ganho o sorriso dos seus olhos. Não vá me dizer agora, bem agora que eu já aprendi a te ter, que isso não importa. Não vá fechar a fresta da janela que você abriu em mim, não vá dizer que deu sua hora, que já passou da hora. O tempo, ainda que mestre de todos os acertos e todos desenganos, há de estar a nosso favor. Ele me fez ver que te esperar foi alegria e não agonia, e que te encontrei porque você também estava perdido. Não é assim por nada, é por você, e por tudo.