Wednesday, September 13, 2006

Eu escrevo para exorcizar os meus medos. Escrevo como quem se joga de um precipío sabendo que, mais hora, menos hora, o paraquedas tem que abrir. Minha escrita é resistência. É mais pelo fato de nada me pertencer do que pela minha vontade desequilibrada de que tudo me pertença. Escrevo para não chorar e derrubo uma gota de dor a cada palavra.
A poesia não é tragédia, é desespero. Quando escrevo sinto que passa por mim em um carrossel tudo o que poderia ser céu e é inferno. Eu escrevo para aguentar.