Thursday, October 20, 2005

Killing serial feelings.

Se eu tivesse uma arma, acordaria todo dia às seis horas da manhã ou da noite - embora simpatize mais com o dia por que deixa as cortinas abertas para as consequências - e sairia por aí arrancando cruelmente a ignorância de todas as pessoas que, logo de cara, não me soassem bem aos ouvidos ou não me agradassem aos olhos. Faria como fizeram comigo, e depois arrastaria por todos os cantos como se sangrasse em todas as pessoas ao redor, fazendo-as terem medo do que, um dia, possa acontecer. Talvez dessa maneira, minha tristeza e chatiação diminuisse um tanto. Não seria obrigada a conviver com os pobres de espírito, de humor e de maturidade. Todos eles, mais dia, menos dia, teriam a minha infelicidade de não ser ignorante. Não pouparia nem as pessoas das quais gosto e convivo, elas também merecem entender o mal estar que causam aos outros e a si mesmo ao censurarem todas as ações que insistem em não entender. E eu mereço estar em sintonia com o universo ao meu redor. Não leriam mais um poema rindo de cada frase bem escrita por pessoas que sentem (diferente delas que são cegas até do ouvido) e as piadas de mal gosto seriam tão ridicularizadas que teriam vergonha de compartilhá-las, afinal, o bom senso e a ignorância são opostas, uma pessoa ignorante não tem bom senso (e nem é por opção) . Tenho dó dos ignorantes que o são por livre e espontânea vontade, porque esses, mesmo que quisessem, não mudariam o seu pensamento; dos demais tenho vergonha, mas uma vergonha completamente fácil de ser transformada em admiração, caso não o sejam mais; e inveja, uma vez que os ignorantes sempre sofrem menos. Depois disso mataria os lindos, de coração e de beleza...